sexta-feira, 30 de maio de 2008

Biocombustiveis


Biocombustíveis devem ajudar a manter preço alto de alimentos, diz estudo
O aumento da produção de biocombustíveis deverá contribuir para manter os preços altos dos alimentos, afirma um estudo publicado em conjunto pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)."Apesar do volume recorde atingido pelas plantações de trigo e cereais secundários durante a colheita 2007-2008, e um aumento moderado, mas constante, da produção nos próximos anos, os mercados de cereais vão permanecer tensos até 2017", diz o relatório Perspectivas Agrícolas 2008-2017.Segundo o estudo da OCDE e da FAO, a forte demanda por milho nos Estados Unidos suscitada pelo desenvolvimento rápido do etanol no país transformou profundamente o mercado de cereais secundários (todos, exceto o trigo e o arroz).De acordo com as duas organizações, 40% da produção de milho nos Estados Unidos poderá, em 2017, ser destinada à fabricação de biocombustíveis."O crescimento da indústria do etanol produzido com cereais, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa, como também a necessidade crescente da utilização desses produtos na alimentação animal, vão pesar ainda mais sobre os estoques, que já desceram a níveis críticos", diz o estudo.Maior produtor - A utilização de cereais na fabricação de biocombustíveis deve dobrar nos próximos dez anos, segundo o relatório. Pela primeira vez, a OCDE divulgou projeções sobre a produção de biocombustíveis."A produção mundial de etanol registrará progressos rápidos e atingirá cerca de 125 bilhões de litros em 2017, o dobro do volume em 2007."O Brasil, diz o estudo, continuará sendo o maior produtor e exportador mundial de etanol e de cana-de-açúcar.A participação da cana-de-açúcar destinada à fabricação do biocombustível brasileiro passará de 51% em média, durante o período 2005-2007, para 66% nos próximos dez anos."No entanto, essa evolução não vai limitar a quantidade de cana disponível para a produção e as exportações de açúcar, já que a produção brasileira de cana-de-açúcar deverá aumentar em 75% até 2017", afirma o relatório.Apesar do aumento da produção brasileira, os preços do açúcar, em razão da demanda interna e internacional, deverão se fortalecer.Segundo as previsões, os preços do açúcar bruto e refinado devem aumentar em 30%. A carne bovina e de porco deve registrar alta de 20% até 2017. O trigo, o milho e o leite desnatado em pó devem aumentar de 40% a 60% no período. (Fonte: Estadão Online)

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Parabéns Geografo hoje é o seu dia!!!!
Mangabeira diz que Brasil falha na tarefa de preservar a floresta amazônica
O ministro de Assuntos Estratégicos e coordenador do Projeto Amazônia Sustentável (PAS), Mangabeira Unger, admitiu na quarta-feira (28) que o Brasil tem falhado na tarefa de preservar a floresta. Segundo o ministro, o país não fez o bastante “nem em matéria de desenvolvimento, nem de preservação da Amazônia”.Para Unger, a defesa da Amazônia deve ser desenvolvida levando em consideração dois aspectos: monitoramento e mobilidade. “A combinação desses dois imperativos começará a assegurar, de fato, a defesa militar da Amazônia. A defesa militar da Amazônia é uma condição necessária, mas não suficiente para afirmação da nossa soberania”, disse.Durante reunião conjunta das comissões da Amazônia e das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, para discutir o conflito na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, o ministro argumentou que o PAS não tratará “apenas” da floresta amazônica, mas desenvolverá ações nas regiões do cerrado e savanas tropicais existentes na área da Amazônia Legal.“Nossa tarefa na Amazônia não se reduz à proteção da floresta e à organização do manejo florestal sustentável”, ressaltou Unger afirmando que a defesa da Amazônia não estará completa enquanto não forem colocados em prática projetos de desenvolvimento sustentável. “Sem projeto econômico, consequentemente, não haverá estruturas sociais produtivas e organizadas (na Amazônia)”, afirmou.Questionado sobre iniciativas internacionais que visariam a comprar a Amazônia, o ministro afirmou que a proteção da floresta é uma questão de soberania nacional. “Qualquer discussão nossa com o mundo a respeito da Amazônia é a reafirmação inequívoca e incondicional de nossa soberania. Quem cuida da Amazônia Brasileira é o Brasil e mais ninguém”, disse. (Fonte: Agência Brasil)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Para um auditório lotado de empresários, executivos, economistas e políticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou, na manhã desta segunda-feira (26), na abertura do 20º Fórum Nacional, que a Amazônia tem dono, em resposta ao recente material (vídeo e editorial) divulgado pelo The New York Times alegando que diante do aumento do desmatamento na região, o Brasil não deveria ser o único a zelar pela imensa área.
"O mundo precisa entender que a Amazônia brasileira tem dono e que o dono da Amazônia é o povo brasileiro, são os índios, os seringueiros, os pescadores, somos nós, que somos brasileiros, e que temos consciência de que é preciso diminuir o desmatamento, é preciso diminuir as queimadas",
Lula garantiu que vai convencer o mundo que o debate dos biocombustíveis está na mão errada. "Estaremos na reunião da FAO, na próxima semana, em Roma, para mostrar ao mundo que não é a produção do biocombustível que está causando ou aumentando a crise de alimentos", afirmou.
O presidente também criticou os subsídios dos países desenvolvidos aos produtores locais. "Não há o menor sentido para que Estados Unidos e Europa continuem com suas políticas restritivas no campo da agricultura, os subsídios e o protecionismo agrícola que semeiam obstáculos no caminho da Rodada Doha e são também os principais fatores que estimulam a inflação mundial de alimentos", disse.
Sobre a produção de combustíveis alternativos, Lula reiterou o papel relevante do Brasil, reduzindo a emissão de gás carbônico, enquanto outras nações desenvolvidas não cumprem seu papel. "O Protocolo de Kyoto já faliu. Nós estamos fazendo a nossa parte, retirando cerca de 800 milhões de CO2 do ar."
Na abertura do Fórum Nacional, coordenado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, que este ano completa 20 anos de debate intenso sobre o futuro do país, o presidente Lula destacou o caráter social e de distribuição de renda de seus dois mandatos. "Não podem jogar nas nossas costas uma culpa que não é só nossa. Ninguém fez mais do que nós nestes 20 anos pela inclusão dos mais pobres."
Em um discurso lido, pontuado por frases de efeito e improvisos, Lula, bem humorado, brincou com os economistas. "São pessoas importantes. Mas a maioria erra. Errou nos últimos anos", arrancanco risos da platéia e mesmo do convidado principal do evento, o Prêmio Nobel de Economia, o americano Edmund Phelps.
O fim da CPMF voltou a ser criticado pelo presidente. "Tiraram cerca de US$ 40 bilhões da economia. E não vi nenhum produto cair de preço. Nem um centavo. Quem perde são os que precisam do Estado". Lula voltou a defender uma presença forte do Estado na economia.
O encontro reúne até sexta-feira (30), no Rio de Janeiro, especialistas para debater a economia nacional.

Fonte:
Carbono Brasil

segunda-feira, 26 de maio de 2008

IBGE
20/05/2008
A autorização para o concurso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi publicada no dia 15 de maio no Diário Oficial da União.
Serão 250 vagas para o cargo de analista censitário, que exige formação de nível superior, e 700 para agente censitário, que exige nível médio.
Os convocados trabalharão no levantamento do perfil sócio-econômico e demográfico dos municípios brasileiros, por meio do censo demográfico.
26/05/2008

Célula que receberá lixo teve inauguração adiada
Devido as fortes chuvas, a célula para receber o lixo de Maceió ficou alagada e não foi inaugurada no início deste mês. Com o adiamento, a prefeitura pode não cumprir o prazo dado pelo Ministério Público Federal (MPF) para a instalação do aterro sanitário. Porém, o transtorno serviu para comprovar a eficiência de compactação da estrutura, onde a parte líquida do lixo não deve contaminar o solo.
De acordo com o assessor técnico da Slum, a célula deve começar a funcionar na próxima semana. “O lixão tem uma área de 22 hectares, 40% já foram desativados e os 60% devem ser inutilizados até o dia 10 de setembro. Toda a área do lixão estará recuperada até o mês de dezembro, prazos determinados pelo MPF”, garantiu Álder Flores antes de lembrar que para isso acontecer a célula precisa funcionar adequadamente.
Segundo informações da Slum, a célula tem 100 metros de comprimento, 50 de largura e 8 de profundidade, ou seja, ela tem capacidade para receber 1.390 toneladas de lixo produzidos diariamente na capital alagoana durante sete meses.(Fonte: Gazeta de Alagoas)

sábado, 24 de maio de 2008

Mais sobre Biocombustiveis...

POLÊMICA biocombustíveis "versus" alimentos ganhou destaque nesta semana em relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Ainda que não vá ao extremo de afirmar que álcool e biodiesel levarão fome aos países pobres, o documento "Perspectiva Agrícola 2007/ 2016" aponta a demanda por essa alternativa ao petróleo como principal motor da manutenção dos preços de commodities agrícolas em patamar elevado na próxima década.O relatório assinala que a alta acarretará perda de renda para países que são importadores líquidos dessas mercadorias -na África, por exemplo. Por outro lado, preços em elevação constituem um poderoso estímulo para expandir a produção e a produtividade, vale dizer, para investimentos. Isso cria uma oportunidade ímpar para os países mais pobres, pois neles se concentram alguns requisitos básicos: terras agricultáveis, sol e água (o que costuma lhes faltar é capital e tecnologia).Sob esse ângulo, nenhuma nação se compara ao Brasil. O documento projeta que a produção de álcool combustível nacional crescerá 145% até 2016, atingindo 44 bilhões de litros. Hoje são 17 bilhões de litros/ano (dos quais 13 bilhões consumidos internamente), produzidos da cana-de-açúcar plantada em apenas 10% da área agrícola, como afirmou o presidente Lula na quarta-feira na Suécia, em périplo pró-biocombustíveis pela Escandinávia.Seria fútil negar, porém, que a destinação de parcelas crescentes das safras de milho e soja para produzir biocombustíveis ocasionará alguma inflação nos preços de alimentos e rações animais. Tampouco cabe desconsiderar que se avolumam questionamentos sobre o real benefício ambiental da bioenergia. Computado todo o petróleo consumido no ciclo de produção, dos fertilizantes às máquinas, a contribuição dos biocombustíveis para retardar a mudança climática pode ser irrisória, como ocorre com o álcool de milho nos EUA.Em outras palavras, álcool e biodiesel não são uma panacéia socioambiental, mas representam oportunidades significativas. Para que cumpram ao menos parte das promessas, dependem de que deslanche o investimento nas tecnologias do cultivo e da produção de combustíveis "verdes". Um passo crucial seria suspender as tarifas protecionistas com que os EUA e países europeus gravam biocombustíveis (no caso do álcool brasileiro exportado à Europa, o ônus pode alcançar 55%).Por ora, só a Suécia deu o exemplo, anunciando que eliminará até 2009 o gravame. Cedo ou tarde, as tarifas cairão por conta própria: com demanda e preços sustentados, definha a própria necessidade de proteger produtores nacionais. Líderes com visão se adiantariam à tendência baixando já tarifas para que os biocombustíveis se transformem em verdadeiras commodities e incluam países em desenvolvimento num novo ciclo de geração de riqueza.
fonte: © 2008 Biodieselbr Online Ltda